Para José Nicodemos de Souza
A
tarde se abraçava com uma tristeza inconsútil. Daquelas que se achegam como
quem não quer nada e vão, insidiosas e trigueiras, jogando seu manto
melancólico sobre o nosso colo, tornando-nos sensaborões silentes, casmurros
como quê.
Assim
eu me encontrava, caro leitor, domingo último. Espezinhado por aquele fim de
semana, resolvi sair. Pus um bermudão florido, camisa de meia com mensagem
ecológica, chinelos surrados, e fui à rua. “Quem sabe não me dou de cara com a
Ventura!” — pensei. Melhor, desejei.