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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Beija-flor (Clauder Arcanjo)




Para José Nicodemos de Souza

A tarde se abraçava com uma tristeza inconsútil. Daquelas que se achegam como quem não quer nada e vão, insidiosas e trigueiras, jogando seu manto melancólico sobre o nosso colo, tornando-nos sensaborões silentes, casmurros como quê.
Assim eu me encontrava, caro leitor, domingo último. Espezinhado por aquele fim de semana, resolvi sair. Pus um bermudão florido, camisa de meia com mensagem ecológica, chinelos surrados, e fui à rua. “Quem sabe não me dou de cara com a Ventura!” — pensei. Melhor, desejei.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

De meu sol nado ao vário ocaso nosso – II (Nilto Maciel)





Publicado o primeiro capítulo do De meu sol nado, recebi diversas mensagens. Todas muito interessantes. Roberto Prym, Jorge Tufic e Gerado Lima não quiseram me deixar preocupado. Outros, porém, me fizeram ficar de orelha em pé. Dimas Macedo me alertou: “Não confie muito nessa gente excessivamente genial. Mas não deixe de tirar o máximo proveito de suas escrituras”. Referia-se a James Joyce e Machado de Assis. Respondi assim: “Tenho lido gênios e medíocres também. A vida não pode ser feita só de alturas. É preciso chafurdar na lama também. Ser porco alguma vez”.