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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

As veredas da narração em Alexandre Brandão (Nilto Maciel)



                                                             (Alexandre Brandão)



            O Brasil é tão grande que... Não, não iniciarei este artigo com uma queixa. Além do mais, já se tornou truísmo a frase: “Os escritores brasileiros não são conhecidos nacionalmente porque o Brasil é um continente”. Meu objetivo aqui não é tratar de assunto tão polêmico. Tenciono apenas comentar três papiros — Contos de homem (1995), Estão todos aqui (2005) e A câmera e a pena (2009) — do desconhecido Alexandre Brandão, mineiro que mora no Rio de Janeiro, escreve contos e novelas, etc.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Vauvernagues (Franklin Jorge)



 
Nunca me ocorreu interrogar minha avó sobre sua admiração por Vauvernagues [1715-1747], cujas máximas – citadas quase sempre para aclarar uma circunstância ou servir de esteio a uma lição – lastrearam, de alguma forma, a minha educação.

Minha avó o lia num pequeno volume encadernado em couro de porco, o nome do autor gravado em letras de ouro com duplos marcadores de cetim púrpura. O uso constante e obstinado que dele fazia aquela ledora desde o seu tempo de solteira, no Ceará-Mirim, até a sua segunda viuvez no Estevão, quando o livro desapareceu e nunca mais o vi em parte alguma, a não ser em minha memória, com as suas páginas já amarelecidas, impregnadas de vivências, recendendo ao delicado odor do seu suor.