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segunda-feira, 4 de março de 2013

As ficções de Patrícia Tenório (Nilto Maciel)



(Escritora Patrícia Tenório)



Não sou comprador de opúsculos nem de compêndios e raramente piso o chão de livrarias. Entretanto, recebo em casa toda sorte de publicação: das mais vistosas às mais andrajosas; das mais raquíticas às mais corpulentas; desde títulos triviais até os mais sofisticados; de norte a sul, de leste a oeste; de principiantes e calejados.

No início de janeiro de 2013, Patrícia Tenório me mandou, do Recife, seus sete impressos: O major: eterno é o espírito (Recife, 2005); As joaninhas não mentem (Rio de Janeiro, 2006); Grãos (Rio de Janeiro, 2007); A mulher pela metade (Rio de Janeiro, 2009); Diálogos (Rio de Janeiro, 2010); D’Agostinho (Rio de Janeiro, 2010); e Como se Ícaro falasse (Mossoró, 2012). Todos lindíssimos! Se eu fosse comprador de alfarrábios ou assíduo frequentador de livrarias, certamente teria sido fisgado pelas capas. E também pelos títulos. Todos muito atraentes.

domingo, 3 de março de 2013

Do amor que tive (Rocha Oliveira)













Incriado; e como fosse um deus supremo,

E de súbito, num relance e, momentâneo,

Se nos nasce, e por si só, tão espontâneo...

Quão grã’o poderio perante o qual tremo!



Então encarna este deus em minh’amada...

Cinge-se dela, em sua beleza e formosura!

Por ser infindo, desmedido, se desmesura;

E nos enleva... faz nossa alma sublimada!



E o amor que desde então entre nós vive,

E assim bem como arde, tão logo inflama;

Que se nos abrase, envolva e nos motive,



Conquanto inda nos arda a imortal chama.

Assim, então, mo direi do amor que tive:

É eterno o Amor, porém na alma que ama!

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