Translate
sábado, 20 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Catedrais de barro (Nilto Maciel)
O mal
de certa gente afeita a redigir, na hora de lapidar seus contos e poemas, é
torná-los quase enigmáticos. Não, não é certo usar esse “quase”. Na verdade, se
convertem em signos indecifráveis, semelhantes a fórmulas, ao mesmo tempo cabalísticas
e matemáticas. Conheço muitas dessas pessoas de aparência normal (nada de
cabeças desproporcionais, antenas verdes plantadas na testa, como aqueles
extraterrestres de Hollywood). São idênticas a nós: leem Machado de Assis,
Fernando Pessoa, Graciliano Ramos e também Kafka e Joyce (em português). Vão a
cinemas, teatros, ouvem música clássica, chorinho, Luís Gonzaga. Tomam chope,
conhecem mulheres ou homens, gostam de feijoada, baião de dois e pizza. São
quase (aqui cabe o advérbio) iguais aos outros seres humanos. Quando não chegam
a tanto, se parecem com escritores.
Assinar:
Postagens (Atom)
TODOS OS POSTS
Poemas
(615)
Contos
(443)
Crônicas
(421)
Artigos
(371)
Resenhas
(186)
Comentários curtos
(81)
Variedades
(59)
Ensaios
(47)
Divulgações
(26)
Entrevistas
(24)
Depoimentos
(15)
Cartas
(12)
Minicontos
(12)
Prefácios
(9)
Prosa poética
(7)
Aforismos
(6)
Enquete
(6)
Diário
(5)
Epigramas
(4)
Biografias
(2)
Memórias
(2)
Reportagem
(2)
Aviso
(1)
Cordel
(1)
Diálogos
(1)
Nota
(1)
TEXTOS EM HOMENAGEM AO ESCRITOR NILTO MACIEL
(1)
Vídeos
(1)
Áudios
(1)