Meu amigo Roberto Schmitt-Prym me ofertou alguns
livros. Um deles é Contos de solidão e
silêncios (Porto Alegre: Editora Bestiário, 2012), de Guilherme Cassel,
gaúcho de Santa Maria. Passei três dias agarrado a ele, o volume. Ao final da
aula do dia 6 de abril, fiz uma proposta às meninas e ao menino da oficina
(mantenho em casa um laboratório literário, para aprendizes): Qual de vocês
quer explorar umas ficções novas, vindas do Sul? E lhes mostrei o objeto.
Sulamita espiou as capas, examinou as abas e se disse muito atarefada. Ana
Clara parecia no mundo da lua (passou toda a aula a olhar para o nada) e não
demonstrou interesse em mergulhar nas estórias. Fabiano não tentou me engabelar:
há dias se via atado a umas narrativas de Breno Accioly. Restou Erykah
Bloom. Sim, queria muito apreciar a novidade. Só precisava de uns cinco dias.
Dei-lhe sete. Analisaríamos a obra no sábado seguinte. E assim o fizemos.