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terça-feira, 18 de junho de 2013

A intensa poesia de Regina Lyra (Tanussi Cardoso*)





Regina Lyra busca, em seu novo livro de poemas Vão da Palavra, o espaço oco, o vácuo dos significados entre as palavras: o intervalo entre o silêncio e o barulho; entre o mínimo e o máximo; entre o supérfluo e o essencial; entre o grandioso e o simples. Sua poesia transita nesse vazio, nessas reticências, nesse ar sufocante entre o que inexiste e o que existe; entre o ilusório e o real. Entremeios e Entre Nós (título de um de seus livros). A poeta nos ensina a ser no meio desses vãos entrelaçados, diante de seus nós. Mostra-nos que a palavra resiste e nos consola, emergindo em seu fantasioso e fantástico mundo de imagens, mistérios, signos e enigmas. Assim, entre reticências e entrelinhas, no osso debaixo da pele, na raiz que existe antes da semente e da planta, na fala que vem antes da voz, Regina Lyra nos ensina que somente a poesia (o poema) pode nos salvar desse enganador mundo em que vivemos:

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Enigmas de Caio, Luciano e Adriano (Nilto Maciel)





            Hoje me dedicarei a três seletas, duas de prosa e uma de verso. Ou uma de relatos, outra mista e mais uma só de acordes. Ou não será assim? Todas de feição modesta: poucas páginas. Quanto aos autores, dois são cearenses e meus amigos; o outro é alagoano e não conheço. As obras são Veredas da caminhada (São Paulo: RG Editores, 2011), de Caio Porfírio Carneiro; Aliterar versos 20/60 + alguns instantâneos (Fortaleza: Expressão Gráfica, 2013), de Luciano Bonfim; e Laringes de grafite (Porto Alegre: Vidráguas, 2012), de Adriano Nunes.