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sábado, 20 de julho de 2013

Alguma ruminação sobre a verde pétala da Poesia (Marco Aqueiva)



Uma resposta, inquieta, que provavelmente nem chegará até o nosso futuro



“Poeta, esporadicamente leio os seus livros”, registra Ferreira Gullar – provavelmente hoje o poeta vivo cuja reputação efetivamente transcende os limites da Poesia – as palavras de um mendigo que a ele se dirigiu. Ao contrário da figura pública, que é Gullar, há pouco tempo compartilhava-se a forte impressão de que poetas seriam apenas uma invenção verbal, reduzidos exclusivamente à dimensão do livro. Mas até onde o poeta pode reinar sem reino? Até a inanição absoluta? Outrora um poeta como Victor Hugo podia insuflar com versos o espírito de sua época, o século XIX, tão marcado por convulsões. Aqui entre nós, ao início do século XX, Olavo Bilac pôde gabar-se de dar ao poeta o status de profissão. Hoje há quem sustente que o poeta está inelutavelmente destinado a perecer e nem mesmo merece ser salvo, pois tem extrema dificuldade de dar uma finalidade à sua arte.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A morte do poeta /ensaísta César Leal (José Mário da Silva)



                                              

Tive a ventura de conhecer e ouvir César Leal nos monumentais Congressos Brasileiros de Teoria e Crítica Literária, nunca mais igualados nas plagas campinenses, os quais, sob a inspiração e comando da professora Elizabeth Marinheiro, ancorada no porto seguro de um pequenino e operoso exército de cooperados voluntários, projetaram a imagem de Campina Grande para além das fronteiras nacionais e se impuseram como tribunas do pensamento livre e altamente qualificado no campo desbordante da literatura.