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sábado, 7 de setembro de 2013

Como me tornei imortal (Eduardo Sabino)



Nilto, boa noite (madrugada, enfim), recebi hoje, e estou aqui lendo, suas ótimas "crônicas da vida literária". Fico muito feliz que você tenha me incluído entre os remetentes de seus livros, pois gosto muito de sua escrita. Aprendo muito com o seu texto.

A preocupação linguística dos contos e crônicas é a mesma. As frases muito bem polidas, fluindo feito rio, com efeitos certeiros.

Gostei muito da crônica que dá título ao livro. O convite para ser imortal que você declinou, derrubando, com muita coragem, a ilusão dos brasões, títulos e imortalidades afins. A reflexão que você faz, aparentemente simples, do escritor como um não crente ou ao menos um ser indeciso, desconfiado, que se vê obrigado a forjar sua própria imortalidade pela arte, é algo que, tenho certeza, alojou-se na cabeça como só as leituras mais provocadoras conseguem.

E tenho que dizer também: que edição espetacular essa do "Armazém da Cultura", hein? Livro bonito, de bela capa e ótima diagramação. 

Abraço do seu leitor, 
Eduardo Sabino  

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A profissão do riso (Francisco Miguel de Moura*)













 

Ria constante no seu dia-a-dia,
ria na rua só, ria na festa,
ria na dor, afaste o que não presta,
mesmo magoado, ria, ria, ria.

Ria em casa, sozinho, como um teste,
eis o melhor aprendizado da arte.
Ria de fora e ria quando é parte
da história, da piada... Não conteste.

Ria quanto puder, de moço a velho,
De manhã ria ao sol, ria ao espelho,
E à lua à noite, no jardim que seu.

Não se importe que digam o que quiser,
veja o mundo que é seu com mais prazer,
pois quem ri certamente vai pro céu.

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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro. Patrimônio de Teresina, PI, onde atende. Poeta para todos os gostos.

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