(Varal, 2012; óleo sobre tela , de Eduardo Berliner).
Não há esforço interpretativo, se podemos apontá-lo,
ele é inibido pela perigosa cadeia que liga indivíduos que frequentam as mesmas
livrarias, salas de cinema e o mesmo círculo de amigos. E para não ofendê-los
com suas opiniões, se possuem alguma, estes localizam sobre a superfície da
obra aquilo que lhe é menos característico e individual, investindo todo seu
esforço para exaltá-lo como condensador das supostas qualidades do que veem; e
se acompanharmos ponto por ponto o que ali está dito, certificando-nos de
checá-lo minuciosamente, tristemente perceberemos que, em se tratando de
pintura, solicitamos a cegos suas impressões.