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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Aos que fazem teatro (W. J. Solha)






Leiam O Laboratório das Incertezas. Paulo Vieira (UFPB 2013) é dono de um senhor currículo, que vai de pós-doutorado em Paris, junto ao grupo Théâtre du Soleil (1996), ao doutorado na USP com tese sobre Plínio Marcos (A Flor e o Mal, Firmo, 1994); e do mestrado com dissertação sobre Paulo Pontes (A Arte das Coisas Sabidas, UFPB 1998), à publicação de bons romances – como O Ronco da Abelha (Beca) e O Peregrino (FCJA) –, mais um Bolsa Funarte de Estímulo à Dramaturgia (2007), com o texto Anita, etc, etc, além do que é chefe do Departamento de Artes Cênicas da UFPB, universidade para a qual criou o Mestrado Institucional em Teatro e, com seus colegas, a Especialização em Representação Teatral.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Crônicas (Fernando Py)




Registram-se hoje dois volumes de crônicas do cearense Nilto Maciel. Como me tornei imortal (Fortaleza: Armazém da cultura, 2013) e Menos vivi do que fiei palavras: diários de literatura (Aparecida, SP: Editora Penalux, 2012). No primeiro livro, o autor, com cerca de quarenta anos de vida literária, fez uma seleção das crônicas que publicou em jornais e revistas nas quais se refere a nomes valiosos da literatura cearense em geral. São textos escritos com boa dose de humor, a partir mesmo da crônica inicial – que dá título ao volume. Neles, Maciel mais um a vez exibe seu conhecimento da literatura do Estado natal. Tanto se refere a nomes cearenses já conhecidos, quanto se reporta a nomes ainda à espera de consagração (como Luciano Bonfim e Clauder Arcanjo). De todos eles, Maciel traça um perfil carregado de humor e ironia, mas sempre com generosidade e interesse, juntamente de um rápido apanhado da obra deles. Com isso, faz uma espécie de revisão quase crítica da cultura de uma região, com sua multiplicidade de estilos e vozes. Pois, mais uma vez, verificamos que a literatura cearense está entre as melhores do Brasil, haja vista que chama a nossa atenção desde o nome de José de Alencar no século XIX. Evidentemente, o autor não cuidou de fazer a história da literatura cearense, mas em suas crônicas os escritores do Ceará aparecem com destaque, num conjunto tão bem urdido e harmonioso que quase parece um romance sobre as letras atuais desse Estado nordestino.