Em
1975, três meses antes da morte do generalíssimo Franco, a Espanha, entre
satisfeita e perplexa, descobria um romance que, por sua originalidade,
contrastava com tudo o que se escrevia no país àquela época. Chamava-se La verdad sobre el caso Savolta
(Seix-Barral, Planeta Espanha). E seu autor, Eduardo Mendoza, passava a ocupar
um lugar no altar reservado às promessas literárias. Era o momento em que a
literatura espanhola, sem medo de reconhecer a influência dos grandes
escritores do boom latino-americano,
como Gabriel García Márquez, Julio Cortázar e Mario Vargas Llosa, reciclava-se
e passava a apresentar um produto novo.
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domingo, 23 de fevereiro de 2014
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Assovio no escuro (Luiz Martins da Silva)
De verdade, de
verdade, não existe.
Ele é só o lado
avesso do sentido.
Mas, como hei de
convencer a criança
De que ele não
passa de uma sombra do arcaico?
Hoje, por
desígnios de milênios,
Há um silêncio que
expande a própria noite,
Feito elástico que
só decorou plano de ida,
Momentos de vidas,
eu sei, eles jamais voltam.
Imagino reter o
mundo no ponteiro dos segundos,
Mas o rio é
insistente no seu curso.
Águas se renovam,
não os nossos rostos.
Nada há de
garantia no cândido acalanto
De que o tempo é
uma ilusão dos sentidos
Que só age nestes
confins da nebulosa.
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