Pequenino,
serviçal de miudezas. Porta-voz de recados, ordenança de diminutos agrados.
“Uma água, José!”; “Os meus chinelos, menino. Ligeiro!...”.
Rapazola,
o leva-e-traz para o mandante de plantão. A conta dos favores em moeda um pouco
mais alta. “Dê um fim nessa nota, José!”; “Assuma essa coisa por mim, rapaz.
Limpe o meu nome, você não se arrependerá”.
Hoje,
preso, sobre o lombo uma penca de crimes; só e abandonado pelos “patrões”, com
a voz da mãe a revisitá-lo no pesadelo escuro.
—
Filho! Filho!... Não se preste a capacho de ninguém, filho!
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