Porque o sábado é de esbaldar-se
hoje eu me esbaldo no verso,
horas boas de abeberar-se
nas planuras do universo.
Os sabiás comedores de frutas
voltaram aos muitos lares
com suas cantorias batutas
embevecendo nossos olhares.
As tenebrosas tardinhas
com chuvas na invernia
revestem-se de nostalgia
até mesmo nas entrelinhas.
Céus azuis de brigadeiro.
Calendas de junho. Outono.
O pensar nada ordeiro.
Eu sem versos. Abandono.
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