Guardo, no meu quarto, mas já sem
pilha,
Jaz, lá, esse trambolho que um
dia tanto
Prometeu, vindo das nuvens, doce
maravilha,
Deslumbre, mas, logo, no prego,
desencanto.
Logro, fiar-me em alegrias deste
mundo
De inutilidades para ingênuos
viajantes.
Eterno amador, de boa fé, bem que
eu fui ao fundo,
Por um triz, fui feliz, mais que
um neto de Arcanjo.
Oh! Meu Senhor! Quanta gente há,
fingida.
Cretinos! Vendem alegrias para
toda uma vida.
Antigamente, pelo menos se dava
uma corda.
Hoje, brinquedos digitais,
caleidoscópicos,
Sonoras companhias, música,
animação,
Para logo dormirem, inertes, num
montão.
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