Qual tinta em mata-borrão,
Se espraiando em aquarela,
Eu vi teu corpo em sabão,
Moldura, no teu chuveiro.
Tanto quanto é o aguardo
Medida do desespero,
Acúmulo de ânsia líquida,
Por entre teus dois joelhos.
Meu indicador desenhando
Teu nome em vapores d’alma
E tua boca cingindo
Todo o meu cetro de fauno.
Exaustos de tantos arquejos,
Enfumaçando os espelhos,
Nossos roucos vultos lassos