(Pharmacia Mattos, Baturité antiga)
Quase todas as minhas narrativas longas têm como cenário a fictícia cidade de Palma. E também alguns contos. Palma seria Baturité. Não sei se a omissão do nome real da cidade se deveu à vontade de me esconder, me sentir mais livre para criar ou de não parecer tão real, não ser um cronista. Para substituir Baturité, inventei primeiro Jeriquitiba. Depois Tamboaçu.
O topônimo Palma apareceu primeiro nos contos “A Beata de Palma”, “As Pontas da Estrela” e “Tony River”, do livro Babel, publicado em 1997, mas escrito logo após Itinerário, entre 1975 e 1976. Originalmente, no entanto, nas três peças eu ainda não denominava Palma a cidade de minha ficção. Assim, a segunda dessas narrativas intitulava-se “O Menino com uma Estrela na Testa” e se passava em Tamboaçu, tal como a primeira. Este nome perdurou talvez até 1982, quando passei a reescrever meus contos publicados em jornais e revistas.