(W. J. Solha)
Em meio
à trabalheira em que tento melhorar o libreto para a Ópera Vertical,
encomendado por Eli-Eri Moura, com estreia marcada para 28 de novembro,
enquanto tento dar continuidade a meu novo poema longo – Ecce Homo – que
comecei em fevereiro, e ainda assimilo a repercussão dos filmes pernambucanos
de que participei – O Som ao Redor e Era uma vez eu, Verônica – no Brasil e no
exterior, dou-me conta de que, nestes últimos anos, escrevi cinquenta comentários
a respeito de livros de autores brasileiros, especialmente paraibanos –
romances, contos, poesia, ensaios – de que mais gostei. Na verdade foram bem mais
de meia centena, mas o excesso não é digno das obras que lhes deu origem. Até
me desculpei com alguns autores por não conseguir encontrar caminho para o
núcleo de suas criações, limitando-me a dizer-lhes uma coisa e coisa por
e-mail, a respeito do que haviam publicado, e só.